Activação do Forte da Giribita
O Núcleo de Radioamadores da Armada, no seguimento da sua actividade radioamadorística, executará no próximo dia 31 de Maio de 2014, activação da “Forte da Giribita”com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras .
O Forte de Nossa Senhora de Porto Salvo, também conhecido como Forte da Giribita ou Forte da Ponta do Guincho, localiza-se na margem direita do rio Tejo, na vila de Oeiras, sobre uma ponta rochosa entre as freguesias de Paço de Arcos e Caxias, Concelho de Oeiras, distrito de Lisboa.
Remonta à chamada Bateria do Guincho, mais tarde denominada de Bateria de Nossa Senhora de Porto Salvo.
Trata-se de um pequeno forte marítimo, de estilo barroco, destinado a reforçar a defesa da barra do rio Tejo, coadjuvando a defesa proporcionada pelo Forte de São Julião da Barra. Apresenta uma planta de formato pentagonal irregular orgânico (adaptada ao terreno), em diferentes cotas.
A estrutura de reboco apresenta os cunhais realçados em cantaria de pedra. Ao centro do muro norte abre-se o Portão Monumental em verga recta, com moldura também de cantaria, encimado por uma placa epigráfica de pedra onde se inscrevem a data de fundação (1649) e as armas reais. Duas guaritas circulares encimadas por cúpulas, articulam-se por um muro.
No terrapleno ergue-se a edificação de serviço com quatro compartimentos, cada um servido por janela de peito de verga recta, e abrem-se seis canhoneiras nos muros pelo lado do mar.
No contexto da Guerra da Restauração da independência portuguesa, foi reconstruído por iniciativa de D. António Luís de Menezes (1596-1675), 3.° conde de Cantanhede, tendo as suas obras sido concluídas em 1649, conforme inscrição epigráfica sobre o Portão de Armas, que reza:
«REINANDO EL REI NOSSO SNOR / DOM IOAO 4 SE FEZ ESTA OBRA / POR MANDADO DO CONDE D CAN / TANHEDE DOS SEVS CONSOS DO ESTA / DO E GVERRA VEEDOR DE SVA / FZDA NO ANNO DE / 1649»
Foi artilhado com quatro peças. No final do século XVII a sua guarnição encontrava-se sob o comando do cabo Inácio Gomes (1695).
No século XVIII, os relatórios dão conta de que se encontrava artilhada com duas peças do calibre 24, mantendo mais cinco incapazes para o serviço (1735). Ainda comandado pelo cabo Inácio Gomes, foi este promovido a capitão de Infantaria (1740), passando o comando do forte ao cabo Estevão José de Brito (1741). A partir de 1763 o comando passou para o sargento-mor do Regimento da Armada Real, José António de Andrade, quando se encontrava artilhado com sete peças de ferro do calibre 18. Estevão José de Brito reassumiu o comando a partir de 1765. Ao cair do século, o comando passou por mercê ao alferes do Regimento de Cavalaria de Évora, João Pinto Ribeiro de Vasconcelos e Sousa (1798).
Operadores:
- CT1EHK – Carlos Ventura (SSB e Digitais) (Team Leader)
- CT1IPB – Carlos Almeida (SSB e Digitais)
- CT2YTY – Conceição Fraga (SSB e Digitais)
- CR7AHW – Joaquim Ferreira (SSB e Digitais)
- CS7ABF – António Silva (SSB e Digitais)
- CT1DRB – David Quental (CW)
- CT1ELZ – Manuel Pires (CW)
- CT4GN – Rafael Costa (CW)
Bandas 80/40/20/15 e 10m
QTH Locator IM58IQ
Referências válidas para esta atividade | ||
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Acrónimo | Referência | Designação |
DMHP | LX-036 | Diploma dos Monumentos Históricos Portugueses |
DDFP | OER-05 | Diploma de Divulgação das Freguesias Portuguesas |
DMP | DMP-1110 | Diploma dos Municípios Portugueses |
WCA | CT-00288 | Diploma Mundial dos Castelos |
DCFP | F-112 | Diploma dos Castelos e Fortalezas de Portugal |